quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Amor verdadeiro - Parte II

"....Próximo desse local, digamos uns três metros, existia um bebedouro; o instrutor, deixando-a sozinha, foi até aquele local, tomou água e convidou-a para se aproximar e ela, quase se arrastando, depois de um longo e sofrido tempo, conseguiu se aproximar; novamente o instrutor convidou-a para também beber.

Mais uma vez depois de um longo e sofrido tempo, ela conseguiu tirar o copo descartável, abrir a torneira, encheru o copo, derramando água por todos os lados; para esta cena só Deus tem a explicação; pobres de nós, como estamos longe do entendimento de Seus desígnios.

Neste ponto a menina se encontrava de costas para sua mãe, em seu cérebro, naturalmente deficiente pela doença, sequer podia se lembrar da presença daquela que a gerou, uma espectadora aflita cujo coração sangrava pela dor de ver o sofrimento da filha.

Naquele momento o instrutor provocou-a: Beba!
Ai sim, as mãos de Deus se fizeram presentes; tocou no coraçãozinho daquele anjo, que se encontrava de costas para sua mãe e lhe soprou uma doce advertência: Tua mãe te espretia!! Não tens nada para lhe mostrar?

Neste momento restavam apenas algumas gotas de água que fora derramada em quase toda sua totalidade, tal o esforço que aquele corpo doente fazia para conquistar, quem sabe, sua primeira vitória numa vida de intenso sofrimento.

E acreditem, antes de beber aquelas últimas gotas a menina voltou-se para sua mãe, fitou-a alegremente naqueles olhos já rasos d'água pela emoção que lhe invadia o coração e levou o copo à boca para sorver a última gota que representava a esperança que a vida lhe devolvia.....

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